sexta-feira, 10 de abril de 2015

De todas as formas...

De todas as formas

De todas as formas indizíveis [e dizíveis]
eu disse o quanto gostava de você.
Abri a porta da minha vida,
e com delicadeza pedi pra você entrar.
Você não quis,
ficou parado na soleira
enquanto um vendaval me arrebentava o peito.
Logo eu,
que não queria ser a última romântica,
dei-te a flor mais bela do meu jardim.
Tão bobo dizer isso agora...
Agora que você mostrou
que pra você sou só mais uma pra coleção de lembranças...
Queria ter você ao meu lado,
mas você não teve coragem,
não pagou pra ver.
Agora ficamos assim:
Você aí, fora.
Eu cá, dentro.
Eu não saio.
Você não entra.
E meu amor vai minguando cada dia um pouco mais...
Vou ali fazer café.
Se quiser, entra
A porta continua aberta
Mas não demora,
que logo vem o vento da desesperança
e fecha.
A porta e o meu coração.

Patrícia Pirota
Num desses invernos da alma de 2000 e tantos...

Um comentário:

'Brigada por ter me dado um 'cadinho do seu tempo!
Assim que possível, respondo, viu!
Beijo procê!